Reflexões Sobre a Trajetória Profissional em DevOps
O Início da Carreira: Especialização como Fundamento
“No início tudo são flores”, mas no mundo da tecnologia essa máxima nem sempre se aplica. Como um humilde professor de inglês iniciante, tive a oportunidade de ingressar no Instituto Infnet, uma instituição renomada do Rio de Janeiro. Naquela época, tive acesso a cursos de qualidade que pavimentaram o meu caminho como Sysadmin Linux.
Durante muito tempo, concentrei meus esforços no domínio do Linux, entendendo que a especialização era fundamental para o meu desenvolvimento. No entanto, percebi que, com o tempo, ser especialista em apenas uma tecnologia poderia limitar minhas oportunidades de crescimento. Portanto, a mensagem para os iniciantes é: Escolha uma especialidade para começar, mas esteja aberto para expandir seus horizontes no futuro.
No Meio da Carreira: Navegando nas Águas do Mercado
No meio da minha carreira, eu já dominava Linux, container, Git, Kubernetes (o velhíssimo kubeadm), python e muito de redes. Senti a leve marola de uma nova área chamada DevOps e foquei 100% nessa role que era mais complexa. Nesse momento, eu estava fazendo uma jogada para não ser mais o especialista Linux que faz deploy de aplicações de maneira automatizada, mas sim o generalista que o mercado queria chamado DevOps Engineer. Se para você precisa de esforço, FAÇA! Antes tarde do que mais tarde! Invista em cursos, procure pessoas com presença e que tenham conhecimento da sua área no mercado. Depois de pegar uma boa experiência, certamente você será um ótimo Pleno ou Sênior.
No Platô da Carreira: Desafios e Renovação
Agora a dica mais braba de todas e mais válida. Ela é mais direcionada a galera com mais senioridade.
Aos experientes: Mude de empresa! 😊
Imagina um sênior que está a 10 anos na mesma empresa, ele muda de empresa e nessa nova empresa ele é pleno pois a stack tecnológica dele não compõe o necessário para que seja considerado sênior. Medonho isso né?
Sempre notei que eu quando Júnior dava surra em muito sênior que pegou experiência na mesma empresa e acabou virando um peixinho de aquário que não conhece o mar. Então, se você é um sênior que nota que o mercado pede algo que você não tem, ou que a mulekada mais nova parece conhecer todas as tecnologias mais sexys do mercado… cara, larga logo o java.
“brincadoca 🐧, java ♨️ é legal o fanclube que estraga.”
Você pode começar a se organizar devagar, aprenda coisas novas e tenta pegar a experiência em outra empresas ou projetos por fora do seu trampo clt. Sempre digo que sênior é sênior, mas às vezes o sênior tem que querer também, né?
Outra vantagem de mudar de empresa é o conhecimento organizacional. Como profissional você precisa (ou seria de grande ajuda) saber onde você quer se posicionar dentro daquela organização. Esse conhecimento/feeling você só vai conseguir adquirir mudando de empresa. Até porque pode chegar um momento que se reinventar profissionalmente pode cansar. A cultura de alto rendimento é legal, mas correr direto sem Óleo prejudica o motor!
No meu ponto de vista, é super necessário para um cara com boa senioridade ter trabalhado em boas empresas. Mesmo que isso resulte na maioria das vezes em um sênior não tão técnico e sim em um cara mais decisivo. Alguém que sabe o que uma empresa precisa de fato e faz o necessário para ajudar todos que são parte desse organismo vivo.
O que vejo muito no mercado é um sênior mais fraquinho. Que só sabe X números de tecnologias e fim. Ser sênior ou especialista ao meu ver está mais próximo de tomada de decisão do que de conhecimento de tecnologias novas. E como aprendi isso? Mudando de empresa!
Hoje está mais fácil ser sênior, existem muitas tecnologias novas e áreas a desbravar mas não deixe isso tomar lugar na sua carreira. Não seja só o cara do hardskill, saiba conversar e dizer “Depende” com a frequência que um sênior tem que dizer. Nem toda empresa aceita um “sênior simples”.